
SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
O Colégio Tereza Helena celebra a Semana da Consciência Negra com grande participação da comunidade estudantil

Alunos do Colégio Tereza Helena celebraram a Semana da Consciência Negra por meio de eventos realizados nos três turnos. Nesses eventos, foram explorados vários aspectos da cultura africana, tais como a culinária, a religião, o vestuário e a dança.




LUZ, CÂMERA E... AÇÃO!
Em uma Sequência Didática proposta pela professora de Língua Portuguesa Antônia Bastos, após pesquisarem sobre Nelson Mandela e assistirem ao filme Invictus, os alunos do 9º. ano produziram resenhas críticas. É um filme que tem a ver com a Consciência Negra, pois trata sobre o racismo. Oportunamente, publicamos uma das resenhas produzidas.
RESENHA CRÍTICA
FILME: INVICTUS

O filme Invictus relata a história de Nelson Mandela, um homem que lutou pelos direitos de igualdade entre brancos e negros.
Logo após ter saído da prisão e ter se tornado Presidente da Áfria do Sul, Mandela encontra um país subdividido, onde a igualdade não existe. Para promover a união do seu país,
ele pede ajuda a Francois, capitão do time de Rugby, pois percebe que, se ganhar a copa, pode ser que também consiga unir o seu país.
É uma história inspiradora e emocionante, que nos mostra que por meio da união podemos ir mais longe, pois a união faz a força e a força, o poder. Como dizia Mandela, “Para novos resultados, é preciso novas atitudes”.
(Thalia Blenda, 9º. Ano - turma B)
HOLOFOTES PARA O NOTURNO
Alunos do noturno realizam projeto sobre a herança africana
Para celebrar a Semana da Consciência Negra, os professores dos Eixos IV, V, VI e VII desenvolveram, com os alunos do noturno, um projeto intitulado Somos todos iguais, porém diferentes. Nesse projeto, os estudantes se envolveram em pesquisas sobre o legado africano no Brasil, cujos resultados apresentaram de forma surpreendente na data da culminância.
Durante as atividades os estudantes desenvolveram pesquisas com foco no tema proposto, nos segmentos da culinária, dança, vestuário, adereços, looks, arte e música.
Maria das Dores Fontes, Diretora do colégio, descreveu, com entusiasmo, a participação dos alunos no projeto. “Foi emocionante a forma como os estudantes trabalharam bem os aspectos da cultura afro-brasileira, demonstrando, por meio de atitudes, o respeito à pluralidade, em especial à religiosa”. O Hino Nacional ao som do atabaque e o respeito às religiões de origem africana por parte dos evangélicos chamaram a sua atenção. Para ela, isso foi uma demonstração de que os alunos desenvolveram atitudes de respeito à diversidade.

PAINEL

PAINEL

Consciência Negra – 20 de novembro
Essa data simboliza um acontecimento marcante na luta dos negros contra a escravidão, que foi a morte de Zumbi dos Palmares, grande líder morto em função dos embates de que participava com o objetivo de libertar os escravos do regime escravocrata. Com o apoio desta Direção, nesse dia, os alunos exaltam a relevância da cultura afro-brasileira, os costumes, contribuições culturais, sociais e econômicas do povo negro para a história do Brasil.
Salientamos, contudo, que o resgate e estudo sobre os referidos aspectos devem ser realizados de forma permanente, com a valorização constante da identidade e
cultura dos negros, tão relevantes na estruturação da sociedade brasileira.
O respeito à diversidade e a luta contra a discriminação, aspectos que historicamente estão presentes quando se aborda a temática em questão, constituem elementos cruciais para refletir sobre políticas afirmativas que possam garantir a eliminação de desigualdades e discrepâncias que envolvem a referida etnia. Todos, sem distinção, merecem igualdade de oportunidades e tratamento e são valorosamente iguais
(Bernan Freire, Vice-diretora)
UM OLHAR PARA PROFISSIONAIS DO BEM
Estudantes realizam entrevistas com profissionais que fazem trabalhos sociais na comunidade.
Para contribuir com o Impresso Tereza Helena, o professor de Educação Física Eneival Mattos sugeriu que fossem feitas entrevistas com profissionais que realizam projetos sociais no bairro. Isso porque o trabalho desses profissionais, embora tenha grande relevância social, passa despercebido aos olhos de muitas pessoas.
A partir dessa ideia, o professor Eneival Mattos e a professora de Língua Portuguesa Antônia Bastos passaram a orientar os alunos sobre como produzir as entrevistas. Seguindo as orientações dos professores, os alunos realizaram entrevistas com três profissionais para saber um pouco mais desse trabalho comunitário que eles realizam. Apresentamos, nesta edição, os textos produzidos pelos estudantes.
ENTREVISTA COM O PROFESSOR DE CAPOEIRA VANDILSON
Professor: Vandilson Paixão Santos
Grupo de Capoeira: Capoeira Guerreiros
Projeto: Educapoeira
Local: Colégio Estadual Tereza Helena Mata Pires
Horário Das Aulas: Sábados, às 14 horas
Local: Associação de Moradores do Alto do Cabrito;
Horário dos Treinos: terças e quintas à noite; sábado, às 15 horas.


ALUNOS – Fale um pouco sobre o seu trabalho.
PROFESSOR VANDILSON –
Sou professor de Educação Física e professor de capoeira. Desenvolvo o

projeto no intuito de ajudar os meninos da comunidade a terem uma educação de qualidade, visando à ética e à moral e à qualidade de vida. Tento levar a capoeira como ferramenta de educação e inclusão social aos jovens, aconselhando-os sempre a manterem os estudos, inclusive a fazerem faculdade.
Iniciei a capoeira entre 2004 e 2006, após ter sido apresentado a essa modalidade por um professor chamado Alexandro, que dava aula no Colégio Tereza Helena. Eu descobri que ele era mestre de capoeira há treze anos. Meu objetivo maior não é só levar a capoeira às crianças, mas ocupar a mente dos meninos porque muitos deles poderiam estar no mundo do crime, fazendo coisas erradas. Levando o esporte para eles, além de ser uma ocupação, é uma forma de ele interagir com a arte da capoeira.
Apesar de ter uma grande participação na inclusão social, a capoeira ainda sofre um pouco de preconceito por conta da religiosidade. Algumas pessoas pensam que a capoeira faz parte do candomblé, mas não faz. Acontece que algumas pessoas que fazem capoeira são adeptas do candomblé, mas a capoeira em si não tem. Fico muito lisonjeado em saber que alguns meninos poderiam estar nas ruas fazendo coisas erradas, mas estão indo aprender algo comigo que pode servir a eles no futuro e livrá-los de estarem nas ruas, no mundo do crime, fazendo coisas erradas. Muitos deles sabem o dia das aulas, mas ficam ansiosos para aprender e vêm sempre me perguntar se vai haver aula. Isso é muito bom porque mostra que eles se interessam de verdade pela capoeira. Agradeço por vocês estarem mostrando um pouco do meu trabalho e sobre a capoeira.
(Produzido por: Amanda, Catiele, Emerson, Jenifer, Leonardo, Natali, Thalia e Vinícius)
ENTREVISTA COM O PROFESSOR DE JUDÔ JORGE PEREIRA
NOME COMPLETO E BREVE HISTÓRICO:
Meu nome é Jorge Pereira e comecei a praticar o Judô aos
12 anos de idade no Sesi do Caminho de Areia, em janeiro de 1975. De lá para cá venho vivenciando a prática do Judô e que muito me ajudou na trajetória da minha vida. Costumo dizer que o Judô é o porto seguro da minha vida e até hoje é.
ALUNOS: Como o senhor conheceu o Judô?
PROFESSOR JORGE PEREIRA: Através do convite de um colega de escola. Ele ia fazer a aula dele e me convidou para ir assistir. Ao assistir a aula, fiquei empolgado e me interessei em praticar também.
ALUNOS: Há quantos anos o senhor pratica o Judô?
PROFESSOR JORGE PEREIRA: Há 40 anos. Comecei com 12 e estou com 52 anos de idade.
ALUNOS: Em que graduação o senhor se encontra?
PROFESSOR JORGE PEREIRA: Faixa Preta 4º DAN.
ALUNOS: Em quais locais o senhor ensina o Judô?
PROFESSOR JORGE PEREIRA:

MCC (Movimento Comunitário Champanhair) na
Paróquia Sagrado Coração de Jesus no Bairro do Alto do Cabrito; Associação de Moradores Ordem e Progresso 10 de Outubro no Bairro do Uruguai; Escola Estadual Solange Hortélio Franco no Bairro do Uruguai através do Programa Mais Educação; Escola Medalha Milagrosa no Bairro do Rio Vermelho.
ALUNOS: Com que idade uma criança deve começar a praticar o Judô?
PROFESSOR JORGE PEREIRA: Hoje nós temos judocas mirins a partir dos 3 anos de idade, pois aprendem brincando os primeiros passos no Judô.
ALUNOS: O senhor desenvolve alguma outra atividade profissional?
PROFESSOR JORGE PEREIRA: Sim. Sou formado em Educação Física pela FTC através do FIES e desenvolvo aulas de natação na Escola Medalha Milagrosa no Bairro do Rio Vermelho
ALUNOS: O senhor acha que o jovem brasileiro tem menos interesse no Judô?
PROFESSOR JORGE PEREIRA: Não. Depende da oportunidade em vivenciar uma aula experimental, é só uma questão de oportunidade em conhecer o Judô
ALUNOS: O que poderia ser feito para aumentar o interesse dos jovens pelo
Judô?


PROFESSOR JORGE PEREIRA:
Um trabalho de divulgação nas escolas, nas rádios;
Apresentações em praças e nas próprias escolas; Convidar as pessoas que vivem ao nosso redor para que venham assistir a uma aula e, quem sabe, fazer uma aula experimental. Só aí realmente desperta o interesse nas pessoas em praticar o Judô
(Produzido por: Alisson Santos, Caio de Jesus, Edneidson Almeida, Matheus Nogueira, Paulo César , Rian Gomes, Ronald Batista, 9º. ano B)

NOS JOGOS ESTUDANTIS 2015, TRÊS ALUNOS DO COLÉGIO TEREZA HELENA FORAM PREMIADOS NA MODALIDADE JUDÔ. PARABÉNS AOS IRMÃOS RIAN E RAMON GOMES E A VERÔNICA DE JESUS PELAS CONQUISTAS! TORCEMOS PARA QUE CONTINUEM LUTANDO!
ENTREVISTA COM O PROFESSOR NEI
ALUNOS: Por que se interessou por essa disciplina (Educação Física)?
PROFESSOR ENEIVAL MATTOS:
Desde os 10 anos de idade, quando conheci as Artes Marciais, por meio
de meu tio Enilton Ribeiro de Mattos (que era meu professor em uma modalidade coreana) e Sensei. Paulo Rocha Neves, mais conhecido como Paulão (que era meu professor em uma modalidade Japonesa), foi que despertou o meu interesse pela Educação Física
ALUNOS: Quais são as suas expectativas quanto aos alunos?

Eu espero melhoras em relação ao interesse dos alunos. Poucos apresentam um pouco de conhecimento sobre a disciplina e muitas vezes não sabem nem o nome do professor ou professora.
ALUNOS: Você estende seu trabalho para outros lugares?
PROFESSOR ENEIVAL MATTOS: Sim. O trabalho é estendido a vários lugares de Salvador. Entre eles estão Alto do Cabrito, Federação, Alto das Pombas, Cidade Baixa, Alto de Coutos, Ondina, Barra, Pituba, Campo Grande, Graça, Corredor da Vitória, divididos em aulas de: Recreação, Treinamento Personalizado, Treinamento Físico, Preparação Física de Atletas, Esporte, Fitness, Educação Física Escolar.
ALUNOS: O que você acha do esporte na vida dos jovens?
PROFESSOR ENEIVAL MATTOS: Tem grande importância na formação social e psicológica, pois através dele se desenvolvem regras e normas de convivência, além de cuidar da saúde e do corpo.
ALUNOS: Você já pensou em seguir outras profissões bem diferentes da Educação Física? Quais e por quê?
PROFESSOR ENEIVAL MATTOS: Sim. Penso todos os dias. Direito ou Fisioterapia. Porque a Educação no

Brasil já não é valorizada. A Educação Física, pior ainda, a exemplo do que acontece na nossa e em outras escolas públicas, em que os profissionais de Educação Física têm que improvisar para trabalhar, pois falta tudo em termos de material, desde uma simples bola de futsal a recursos para participação em campeonatos.
ALUNOS: Nei, em que você acha que deve melhorar o ensino, tanto na Educação Física quanto nas outras disciplinas?
PROFESSOR ENEIVAL MATTOS: Nas administrações gerais nas Secretarias Estaduais e Municipais. É essencial colocar pessoas qualificadas em Educação para administrar seus setores. Procurar ouvir os professores de cada disciplina, para que os seus cronogramas atendam às realidades de cada localidade, não fugindo das Legislações vigentes. Só assim teremos uma educação de qualidade.
(Ana Beatriz, Atirson, Everton, Elaine, Felipe Douglas, Melissa, Nadine, Rebeca, 9º. ano, B)
PROJETO ESPORTE NA ESCOLA

Modalidade: Futsal
Coordenação e execução: Profº Eneival Mattos de Oliveira
Início: Março de 2015
Término: Dezembro de 2015

Assim começou todo nosso processo e nossa luta para manter o esporte na escola: sem uma quadra em condições de uso, sem material esportivo, sem material de apoio e sem acessórios para a prática da modalidade. Tivemos que usar a criatividade e usar materiais disponíveis e alguns emprestados, utilizando a criatividade e improvisando.

Quando veio a reforma, pensamos em parar, mas os próprios alunos levantaram a bandeira em continuar o esporte e alugamos (com recursos próprios dos estudantes) um local conhecido como “Quadra do Bolão”, localizado na própria comunidade há 30 minutos de caminhada do Colégio

Estadual Tereza Helena Mata Pires. Todo esforço foi feito para a continuidade do projeto.
Na Quadra do Bolão as aulas continuaram acontecendo, mesmo com a reforma. Algumas equipes dividiam o valor do aluguel da quadra para que o projeto permanecesse em atividade.

Enfim, a quadra foi reinaugurada para uso. Mas ainda faltam alguns detalhes que atrapalham na prática esportiva, como fechamento do portão e total do alambrado que apresenta aberturas, demarcações na pintura e o material didático completo (bolas de futsal, pois a que usamos é de campo, redes nas traves, cones, bambolês, bastões, cordas, coletes, e uniformes).

Por meio do esporte os estudantes puderam resgatar valores até então não descobertos, a exemplo disso está na imagem o respeito no aguardo em sua vez de participar da atividade. Parabenizo a todos os alunos que fazem parte do projeto e que em 2016 possamos estar juntos dando continuidade ao que vem dando certo

(Texto e fotos de Eneival Mattos, professor de Educação Física)
ARTE ECOLÓGICA


A professora Sandra Barbosa realizou um interessante projeto de arte ecológico com seus alunos do turno matutino. Utilizando material reciclável e toda a sua criatividade, os alunos produziram brinquedos e vários outros objetos.
Informativo do Colégio Teresa Helena Mata Pires | Alto do Cabrito
Salvador – Bahia | Dezembro de 2015 | Nº 005
JORNAL IMPRESSO TEREZA HELENA | NOVEMBRO/ 2015
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