O jornal escolar Impresso Tereza Helena teve sua primeira edição publicada em agosto de 2015, a partir do sonho e da iniciativa de um grupo de alunos do Ensino Fundamental II do Colégio Estadual Tereza Helena Mata Pires, situado no Alto do Cabrito, região suburbana de Salvador, Bahia. Até o momento, o Impresso conta com nove edições, nas quais foram publicados muitos textos, pertencentes a gêneros diversos, de estudantes do 6º ao 9º ano. Porém, devido à falta de recursos, as edições têm sido impressas em pequenas tiragens, o que torna o jornal inacessível a parte dos alunos. Daí a demanda por um novo formato.

Leciono Língua Portuguesa no colégio e, por acreditar que o Impresso Tereza Helena tem o condão de proporcionar aos estudantes uma interessante situação comunicativa, da qual emanam práticas situadas de leitura e escrita, tenho me empenhado, com o apoio da Direção e de outros professores, em dar continuidade a esse projeto.

Escrever para o jornal e ler os textos nele veiculados têm um sentido todo especial para os estudantes. Eles se entusiasmam em produzir textos para publicação, pois têm algo a dizer ao público-alvo do jornal, optando pelo gênero textual apropriado. E isso é diferente de escrever para obter uma nota do professor. Eles gostam de ser ver e se orgulham de ter seus textos publicados no Impresso Tereza Helena, veículo de comunicação que lhes dá a oportunidade de serem protagonistas.

Os estudantes escrevem sobre si e sua família, sobre seu lazer, sobre livros, filmes, vídeos, animes e games, sobre eventos no colégio, sobre sua rua, seu bairro. No Impresso Tereza Helena pulsa a vida dos alunos, dos professores, da comunidade, da escola. O conjunto de textos que compõem suas edições estampam a identidade do grupo: a comunidade escolar do Colégio Estadual Tereza Helena Mata Pires. Essa comunidade tem demonstrado reconhecer o jornal como um poderoso instrumento de ensino-aprendizagem que extrapola os muros da escola.

Com o tempo, surgiu a necessidade de que o Impresso ganhasse um novo formato, a fim de alcançar maior público e atender às demandas dos alunos, que estão conectados ao universo virtual e às redes sociais. Pensando nisso, o estudante Jeferson Ramos, um pesquisador incansável, se propôs a realizar esse projeto por meio desse site que acaba de criar, o qual envolve muito empenho e conhecimento. Creio que esse trabalho de Jeferson dará novo fôlego ao Impresso Tereza Helena.

Pelo papel que tem desempenhado na escola, o Impresso Tereza Helena é como uma fogueira que não deve se apagar. E para que não se apague, é preciso que o fogo seja alimentado com a atenção, com as brasas, com as fagulhas daqueles que podem contribuir para que continue acessa: os estudantes, os professores, a Direção, os pais e você, leitor, que agora adentra a realidade do Impresso Tereza Helena, que, conforme se verá, não é um “sonho que se sonha só”.